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terça-feira, 9 de outubro de 2012

OUTONO


Guisava os pedaços de tamboril, com meia dúzia de camarões, ainda sem saber se iria almoçar arroz ou massada de peixe, quando me lembrei que não tinha coentros. Não dispenso o aroma que emprestam à comida, a esta comida, e saí disposta a adquirir o que me faltava para completar o almoço.

Quando cheguei à rua, a opacidade da manhã envolveu-me. Aquela luz, a luz de outono que adoça os contornos e envolve a paisagem em mistério… o céu plúmbeo, a praceta quase deserta de carros, o amarelado de uma ou outra árvore e a quietude… É a quietude, na cor da manhã, que fala de outono.

É no outono que mais me apetecem os afetos dos que já partiram e aqueles que não tenho. Tempo de aconchego, tempo igual ao que antecede o meu sono em cada noite…

Que pena não passar tão depressa!



Decidi-me pela massada de peixe. Acompanhei com o Sauvighon que restava na garrafa oferecida pela ML, por ideia da GM. O almoço estava ótimo.

2 comentários:

  1. Se tenho sabido mais cedo, com tantos coentros ali no quintal, não era "massada" nenhuma...
    :)

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    Respostas
    1. Muito obrigada, Rui.
      Quem sabe, qualquer dia juntam-se todas as seguidoras do seu blog e assaltam a horta.

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